Pois é, o Ikea deixou mesmo de ter as batatinhas mais saborosas de todos os tempos (e as mais "cool" também! ) e eu choraminguei muito - "Ai, não há direito e mimimimi"...
Mas não me fiquei por aqui.
Na semana passada resolvi enviar uma mensagem à BoxerChips através do FB a contar que estava muito triste porque já não havia as batatas em Portugal. Bem, eu confesso que não contava com uma resposta, ou se respondessem seria mais na linha do "Oh, temos pena" (estou habituada a mau apoio ao consumidor por cá lol)... Mas não foi assim!
Não só me responderam muito rapidamente, como foram extremamente simpáticos, pedindo a minha morada para me enviarem umas caixinhas para me compensarem! E ontem lá chegou a minha prendinha, cortesia da marca.
Digam lá que não se derretiam com tal atenção? Eu derreti. :D
É que foram mesmo muito simpáticos...!
Da parte deles ficou a promessa de analisarem a situação de distribuição do produto em Portugal. Já não é mau. ;)
E agora quem tem coragem para comê-las? Estão ali tão giras na caixa.....
Não suporto quando as pessoas não fazem piscas quando conduzem.
Com os diabos, têm medo de partir um dedo....!?
É que facilita tremendamente a circulação do trânsito, para já não dizer que é mais seguro sinalizar as manobras. Depois ouve-se coisas mais ou menos parvas da parte de quem não gosta de os usar tais como: "Ninguém precisa saber para onde vou" ou "Oh, ninguém faz portanto também não tenho de fazer"...
Ora bem, eu gostava de saber em que pacote de farinha saiu a carta de condução a estas pessoas, só assim por curiosidade. É que isto é coisinha para me dar nos nervos, especialmente quando quando estamos paradinhos num sinal de stop e de 20 carros que passam por nós, nenhum se lembra que se fizer pisca os coitados que estão ali à espera e entretanto adormeceram já teriam passado há muito.
....desde quando ter cortinados nas janelas deixou de ser um must have? Ou melhor, os cortinados deixaram de se usar..? É que se é o caso, não recebi o memo.
Desde há um tempo eu e a namorada começámos a reparar que cada vez mais janelas não tinham cortinados nas janelas, deixando ver tudo para dentro de casas alheias, qual big brother.
Moradias e apartamentos á beira de estrada, ou em zonas de passagem, leia-se. Não, não andámos a bisbilhotar atrás de arbustos para chegar a esta conclusão, bastou-nos passar em ruas e estradas que habitualmente passamos para começarmos a achar estranho... Somos duas pessoas que prezam a privacidade e passar por janelas e vermos pessoas a cozinhar em boxers ou na marmelada no sofá da sala anda a deixar-nos pontos de interrogação... O que se passa? As pessoas deixaram de acreditar em cortinas...?
É que eu não gosto de me expôr à vizinhança e tenho medo de snipers psicopatas e mirones, portanto....queria saber. Sou só eu..? lol
Nunca tive uma relação muito próxima do meu pai. Desde que me lembro, sempre foi a minha mãe a quem fui mais apegada. Talvez por ser mulher, por ser mais carinhosa, mais sensível, mais preocupada.. Era sempre ela que disciplinava, a encarregada de educação…quem dava mais mimo e um ralhete quando necessário. O meu pai sempre se manteve um pouco à parte, só intervindo muito pontualmente. Talvez por isso nunca me senti muito próxima dele. É um homem que teve uma educação “à antiga”…é intransigente, não demostra muito o que sente, nem é dado a sentimentalismos… É politicamente incorrecto e incoveniente.. Eu sou o oposto e creio que isso diz tudo. Há um fosso gigantesco entre nós. Um fosso de décadas, gerações, personalidades.. No último ano a situação tem-se agravado, o que me fez desabafar com a minha mãe acerca das nossas crescentes diferenças num tom muito exaltado. Ela aborreceu-se comigo e disse-me que o meu pai me achava mimada e arrogante. Doeu. E doeu mais porque não o sou, mas a gigante barreira que criei para com ele transparecia isso mesmo. Há semanas que andava a matutar nisto e sentia-me mal. Há uns dias atrás o meu pai chamou-me e disse “toma”, estendendo-me um pequeno embrulho. Abri e era um relógio. Mas não um relógio qualquer…era o primeiro relógio que comprou com o seu próprio dinheiro. Um Seiko com 45 anos que certa vez (há uns anos) lhe disse que gostava muito, mas que nem funcionava. Ele pô-lo a arranjar, teve de ser mandado para a Suiça para um mostrador e “coração” novos… Abraçei-o enquanto lhe dizia “obrigada pai!” e pu-lo no pulso enquanto ele me contava a história do relógio, o ano em que o comprou e onde, e também que para aquela altura foi muito caro, mas foi um presente para si póprio, entre outros pormenores. Fiquei quase sem palavras. É apenas um objecto, mas naquele momento senti uma ligação muito especial. Com o relógio, com o meu pai. Por ser dele, por ter tanta história, porque cada vez que olho para o pulso lembro-me dele e da ligação pai-filha que eu achava perdida.
É incrível como algo assim, de repente, me fez esquecer todas as nossas diferenças... Sim, continuamos diferentes, vamos sempre ser, mas…e então? Ele não vai estar cá para sempre e eu não quero arrepender-me um dia de todos os muros que ergui à minha volta e do que perdi por causa disso… Acho que naquele dia dia aprendi que família é família e por muito que aconteça…o amor está lá sempre, mesmo que por vezes escondido.