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Pink Ego Box

Pink Ego Box

29
Mai15

random things #34

 

 

 

 

 

...não gosto de estar parada enquanto escovo os dentes.

Gosto de me passear pelo corredor da casa, de mão no bolso enquanto o faço.

Porque não?

 

Mas há quem ache piada a este facto.

 

É só isto.

 

lol

 

 

 

13
Mai15

in my head today #90

 

Hoje não se fala de outra coisa.... do vídeo que mostra duas miúdas de 16 anos que durante 13 minutos esbofeteiam um miúdo da mesma idade.

  Eu vi um bocado do video da agressão e ocorreram-me várias coisas ao vê-lo e ao ler os comentários da "notícia", que é uma coisinha que ora me faz rir ou chorar, consoante a parvoíce.

É o seguinte: Cenas como aquelas acontecem todos os dias, nos mais variados sítios, infelizmente. A palavra bullying já se tornou uma constante no nosso vocabulário e, apesar de há uns anos atrás não ter um nome específico, também já existia. A diferença é que hoje em dia as criaturas que o praticam filmam-no com o telemóvel, colocam no youtube, no FB... Fazem daquilo um troféu que prova que são uns seres badass e vivem de peito inchado com um ar de ai-de-quem-se-meta-comigo. O twist da coisa é que filmar e publicar torna tudo mais grave, mas também mais fácil de identificar os idiotas e ter provas concretas para uma acusação de agressão (ao menos isso).

 Não obstante, é possível que aquelas pirralhas, com tanto circo á volta deste vídeo que se tornou viral, se terem tornado umas autênticas estrelas de Hollywood...o protagonismo também é um troféu, nestes casos.

O que eu penso? Bem, paizinhos, estão a fazer um trabalho 5 estrelas a educar pessoas assim, tão fofinhas. Carry on! 

De resto, espero que sejam castigadas exemplarmente, claro, e que sirva de lição para outros.

 Sofri de bullying quando tinha mais ou menos a mesma idade e posso dizer que ver isto faz borbulhar sentimentos de frustração e raiva. Não percebo, nunca perceberei atitudes destas. Mesmo que seja "uma brincadeira".

É estúpido. Ponto.

 

 

 

 

14
Dez13

das coisas parvas (tenho muito disto)

 

 

....estar uns 15 minutos a tentar tirar uma pulseira do pulso(!).

 

Estar sozinha em casa tem destas coisas. Depois ponho-me a pensar...e se eu tivesse um fecho empenado num vestido ou assim? Dormia vestida?? lol

 

Pois. Só eu.

 

 

 

 

23
Nov13

getting inside my head

 

 

 Nunca tive uma relação muito próxima do meu pai. Desde que me lembro, sempre foi a minha mãe a quem fui mais apegada. Talvez por ser mulher, por ser mais carinhosa, mais sensível, mais preocupada.. Era sempre ela que disciplinava, a encarregada de educação…quem dava mais mimo e um ralhete quando necessário. O meu pai sempre se manteve um pouco à parte, só intervindo muito pontualmente. Talvez por isso nunca me senti muito próxima dele. É um homem que teve uma educação “à antiga”…é intransigente, não demostra muito o que sente, nem é dado a sentimentalismos… É politicamente incorrecto e incoveniente.. Eu sou o oposto e creio que isso diz tudo. Há um fosso gigantesco entre nós. Um fosso de décadas, gerações, personalidades.. No último ano a situação tem-se agravado, o que me fez desabafar com a minha mãe acerca das nossas crescentes diferenças num tom muito exaltado. Ela aborreceu-se comigo e disse-me que o meu pai me achava mimada e arrogante. Doeu. E doeu mais porque não o sou, mas a gigante barreira que criei para com ele transparecia isso mesmo. Há semanas que andava a matutar nisto e sentia-me mal.
 Há uns dias atrás o meu pai chamou-me e disse “toma”, estendendo-me um pequeno embrulho. Abri e era um relógio. Mas não um relógio qualquer…era o primeiro relógio que comprou com o seu próprio dinheiro. Um Seiko com 45 anos que certa vez (há uns anos) lhe disse que gostava muito, mas que nem funcionava. Ele pô-lo a arranjar, teve de ser mandado para a Suiça para um mostrador e “coração” novos…
Abraçei-o enquanto lhe dizia “obrigada pai!” e pu-lo no pulso enquanto ele me contava a história do relógio, o ano em que o comprou e onde, e também que para aquela altura foi muito caro, mas foi um presente para si póprio, entre outros pormenores.
 Fiquei quase sem palavras. É apenas um objecto, mas naquele momento senti uma ligação muito especial. Com o relógio, com o meu pai. Por ser dele, por ter tanta história, porque cada vez que olho para o pulso lembro-me dele e da ligação pai-filha que eu achava perdida.

 É incrível como algo assim, de repente, me fez esquecer todas as nossas diferenças... Sim, continuamos diferentes, vamos sempre ser, mas…e então? Ele não vai estar cá para sempre e eu não quero arrepender-me um dia de todos os muros que ergui à minha volta e do que perdi por causa disso… Acho que naquele dia dia aprendi que família é família e por muito que aconteça…o amor está lá sempre, mesmo que por vezes escondido.