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Pink Ego Box

Pink Ego Box

16
Jun15

Ódios de estimação e coisas assim

Não suporto quando as pessoas não fazem piscas quando conduzem.

Com os diabos, têm medo de partir um dedo....!?

É que facilita tremendamente a circulação do trânsito, para já não dizer que é mais seguro sinalizar as manobras. Depois ouve-se coisas mais ou menos parvas da parte de quem não gosta de os usar tais como: "Ninguém precisa saber para onde vou" ou "Oh, ninguém faz portanto também não tenho de fazer"...

Ora bem, eu gostava de saber em que pacote de farinha saiu a carta de condução a estas pessoas, só assim por curiosidade. É que isto é coisinha para me dar nos nervos, especialmente quando quando estamos paradinhos num sinal de stop e de 20 carros que passam por nós, nenhum se lembra que se fizer pisca os coitados que estão ali à espera e entretanto adormeceram já teriam passado há muito.

Senso comum, U guys.

 

(Desabafos!)

 

 

 

 

 

23
Nov13

getting inside my head

 

 

 Nunca tive uma relação muito próxima do meu pai. Desde que me lembro, sempre foi a minha mãe a quem fui mais apegada. Talvez por ser mulher, por ser mais carinhosa, mais sensível, mais preocupada.. Era sempre ela que disciplinava, a encarregada de educação…quem dava mais mimo e um ralhete quando necessário. O meu pai sempre se manteve um pouco à parte, só intervindo muito pontualmente. Talvez por isso nunca me senti muito próxima dele. É um homem que teve uma educação “à antiga”…é intransigente, não demostra muito o que sente, nem é dado a sentimentalismos… É politicamente incorrecto e incoveniente.. Eu sou o oposto e creio que isso diz tudo. Há um fosso gigantesco entre nós. Um fosso de décadas, gerações, personalidades.. No último ano a situação tem-se agravado, o que me fez desabafar com a minha mãe acerca das nossas crescentes diferenças num tom muito exaltado. Ela aborreceu-se comigo e disse-me que o meu pai me achava mimada e arrogante. Doeu. E doeu mais porque não o sou, mas a gigante barreira que criei para com ele transparecia isso mesmo. Há semanas que andava a matutar nisto e sentia-me mal.
 Há uns dias atrás o meu pai chamou-me e disse “toma”, estendendo-me um pequeno embrulho. Abri e era um relógio. Mas não um relógio qualquer…era o primeiro relógio que comprou com o seu próprio dinheiro. Um Seiko com 45 anos que certa vez (há uns anos) lhe disse que gostava muito, mas que nem funcionava. Ele pô-lo a arranjar, teve de ser mandado para a Suiça para um mostrador e “coração” novos…
Abraçei-o enquanto lhe dizia “obrigada pai!” e pu-lo no pulso enquanto ele me contava a história do relógio, o ano em que o comprou e onde, e também que para aquela altura foi muito caro, mas foi um presente para si póprio, entre outros pormenores.
 Fiquei quase sem palavras. É apenas um objecto, mas naquele momento senti uma ligação muito especial. Com o relógio, com o meu pai. Por ser dele, por ter tanta história, porque cada vez que olho para o pulso lembro-me dele e da ligação pai-filha que eu achava perdida.

 É incrível como algo assim, de repente, me fez esquecer todas as nossas diferenças... Sim, continuamos diferentes, vamos sempre ser, mas…e então? Ele não vai estar cá para sempre e eu não quero arrepender-me um dia de todos os muros que ergui à minha volta e do que perdi por causa disso… Acho que naquele dia dia aprendi que família é família e por muito que aconteça…o amor está lá sempre, mesmo que por vezes escondido.

 

 

 

 

 
 
 
07
Abr13

thinking out loud

 

 

 

 Hoje estou assim, nostálgica, com a cabeça a mil... Os meus pensamentos fevilham cá dentro e não sei como lidar com eles ou como separá-los. Queria catalogá-los e ordena-los, assim bonitos e organizados como livros numa estante, mas não consigo. Há muito que não me acontecia, ter tanto para dizer e ao mesmo tempo…nada de nada; E nada porque as palavras não se formam como deveriam, não consigo articular coisa nenhuma. Apenas a cabeça me incomoda, parece-me tão cheia como um balão e só queria esvaziá-la…
 O silêncio abraça-me e parece apertar-me cada vez com mais força até o ar me faltar…
Não gosto de quando fico assim, tão perdida em mim mesma, tão fechada na minha “concha”…faz-me sentir ainda mais como me senti a minha vida toda…uma outsider.